Com os dias contados na
prefeitura, encerrando 8 anos de mandato e, depois da derrota de sua candidata,
o prefeito de Betânia, Mário Flor(Republicanos), solicitou ao Poder Legislativo
suplementação de R$ 3 milhões do orçamento municipal.
A medida, anunciada a poucos
dias do apagar das luzes do segundo mandato, tem gerado grande repercussão e
questionamentos por parte da população e da oposição. A principal dúvida é:
qual a justificativa para um pedido tão volumoso em um período tão curto de
tempo?
A justificativa apresentada,
por exemplo, para utilizar R$ 2 milhões dos Precatórios do FUNDEF, para
instalação de energia solar nas escolas, não convenceu, já que nos dois
mandatos de Mário, praticamente nenhuma escola foi reformada, algumas estando
com estrutura precária e sem condições de sequer receber as tais placas
solares.
A gestão Mário Flor também
solicitou um crédito suplementar para gastos com a saúde, o que também acendeu
a luz amarela. Em 8 anos do grupo derrotado, o Hospital local nunca passou por
uma reforma, não possui sala cirúrgica, muito menos leitos para internamento e
após as recentes eleições, profissionais foram demitidos de seus postos de
trabalho, e um posto de PSF estaria fechado.
É difícil acreditar que
obras de grande porte possam ser iniciadas e concluídas em menos de 30 dias.
Outro ponto que preocupa é a falta de transparência em torno do processo, o que
merece a atenção da população e dos órgãos de controle.
A pressa levanta suspeitas
sobre a real necessidade dessa suplementação.